Reserva Natural do Paul de Arzila

Respire fundo. Sinta a natureza.

Reserva Natural do Paul de Arzila

A Reserva Natural do Paul de Arzila (RNPA) está localizada na freguesia de Arzila, com uma pequena parte na freguesia de Pereira e Anobra, pertencentes, respetivamente, aos concelhos de Coimbra, Montemor-o-Velho e Condeixa-a-Nova. Dista, aproximadamente a 13 Km da cidade de Coimbra, sendo servida pela A31 (via rápida) e pela N341.

A Reserva abrange uma área de 535 ha compreendendo duas áreas distintas:

    - o núcleo central, com 165 ha, delimitado pela curva de nível dos 10 metros, correspondente à planície aluvial, onde se situa o extenso caniçal e a restante área com ocupação agrícola; e

    - a zona de proteção, com 370 ha, que se estende ao longo das encostas que ladeiam o vale, de ocupação maioritariamente florestal, verificando-se a ocupação agrícola nos terrenos que circundam os espaços urbanos.


Alonga-se em parte do percurso da ribeira de Cernache, um afluente da margem esquerda do rio Mondego, a partir do qual, em 1950, foram abertas duas valas - a vala dos Moinhos ou do Monte (a nascente) e a vala da Costa (a poente) - que drenam as escorrências das encostas adjacentes, tendo sido, posteriormente, aberta uma terceira vala - a vala do Meio - com o objetivo de drenar os terrenos situados entre as duas valas já referidas, pois, parte da área que hoje é apaludada, foi outrora ocupada por arrozais. A vala do Meio tem origem numa exsurgência existente no local denominado Freixo, situado fora dos limites da Reserva, mas no interior da Zona de Proteção Especial Paul de Arzila. As características de alagamento da planície aluvial na maior parte do ano devem-se, não só, à existência de exsurgências, localmente designadas por "olheiros", mas também ao facto de as cotas a montante serem 2 a 3 m mais baixas do que a jusante.

Mapa

Estatutos de Proteção

- Biótopo CORINE (C 12200031), em abril de 1987

- Reserva Biogenética do Conselho da Europa, em fevereiro de 1990
- Sítio Ramsar, em 9 de maio de 1996, pela Convenção de Ramsar
- Important Bird Area in Europe (IBA)
Rede Natura 2000

Fauna

O Vale do Baixo Mondego foi, outrora, uma imensa zona húmida que, ao longo de milénios, proporcionou condições ideais para a existência e desenvolvimento de muitas espécies animais, que aí concentravam grandes efetivos populacionais. Atualmente, para além do estuário, restam apenas algumas zonas húmidas, que têm assegurado a continuidade das formações e comunidades representativas, e bem assim contribuído para a manutenção da sua diversidade biológica.
A Reserva é uma dessas últimas zonas húmidas, com fatores geográficos, extensão e cobertura vegetal adequados à fixação e desenvolvimento de diversas comunidades, principalmente aves, que utilizam a Reserva Natural quer como local de nidificação quer como refúgio de inverno ou, ainda, como área de repouso e alimentação durante as migrações.

A existência das diferentes comunidades faunísticas, bem como dos seus efetivos populacionais, não apresenta, de forma alguma, valores estáticos; pelo contrário, estes são indicadores da evolução de um ecossistema naturalmente frágil, cujos estatutos de proteção não obstam a que nele ocorram transformações, sendo muitas delas devidas a fatores exógenos, por vezes complexos, cujos parâmetros nem sempre são de fácil definição.
Estão referenciadas 207 espécies de Invertebrados, pertencentes a 5 Classes, nomeadamente Turbelários (1 espécie), Moluscos (30 espécies), Anelídeos (4 espécies), Aracnídeos (1 espécie) e Insetos (171 espécies).

Relativamente às Classes de Vertebrados, estão referenciadas 181 espécies.

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Reserva de natureza valorizada

A atribuição de vários estatutos de classificação aos pauis do Baixo Mondego e, em particular, à Reserva Natural do Paul de Arzila, deve-se, especialmente, à sua importância ornitológica, sendo: zona de passagem outonal para aves migradoras transarianas; área de alimentação e repouso para várias espécies, abrigo de espécies nidificantes estritamente paludícolas e local de invernada de espécies paleárticas.

Flora

A riqueza florística da Reserva Natural do Paul de Arzila evidencia-se no seu extenso elenco de espécies, que atinge mais de trezentas plantas. Este elevado número encontra paralelo na sua diversidade, pois, pela sua situação geográfica e características climáticas e edáficas, esta área apresenta espécies xerófilas e espécies higrófilas, além de, em termos mais latos, surgir uma ecotonia entre as Regiões Mediterrânica e Eurossiberiana, com a presença de espécies próprias de cada uma delas.

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Fonte: ICNF

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